domingo, 30 de janeiro de 2011

VOLTANDO COM O BORBA

Faz mais de um ano que eu não escrevo nada aqui nesse blog, que ao longo desse intervalo, ironicamente, foi ficando cada vez mais mediocre. Para retomar a digitação de bobagens decidi abordar uma figuta polêmica que fica parada na avenida Santo Amaro (que eu via várias vezes por semana da janela do ônibus), ele, o grande Borba Gato. Com o tamanho de um coqueiro importante esse monumento de Júlio Guerra que ja tem quase 50 anos vigia a região, empunhando uma arma de fogo. O grande falo de mármore presta uma homenagem a polêmica figura de mesmo nome: um bandeirante, genro de Fernão Dias responsável pela exploração de ouro e morte de índios (talvez o ramo mais lucrativo da economia tupiniquim da época dele). Sua mão aparentemente muito inchada, sua cara quadrada, a forma balaústrica de suas coxas e botas, e sua cara quadrada fazem boa parte da população paulistana o acharem feio e quererem implodi-lo. Outros criticam a estátua pelo papel na história de seu modelo póstumo, que hoje em dia soa mesmo bem desumana. Entretando o Bagulho Maravilha como é conhecido exerce muito bem sua função social como monumento urbano: servir de ponto de referência. E é um senhor ponto de referência! Bata dizer "o local encontra-se depois da enorme estátua horrenda", e a localização é tiro-e-queda.
Em 2007 quando o Cristo Redentor concorreu à maravilha do mundo houve pessoas incomodadas: "porra, é só uma estátua". Então um publicitário que fazia parte desse grupo de indivíduos lançou uma anti-campanha de Borba Gato, como canditato paulista à maravilha do mundo, ironizando a candidatura do Jesus Carioca. O publicitário e seus colegas levaram isso a sério, suas produções incluíram vídeo e música, veja-os na proxima postagem, que eu vou fazer passada a preguiça e a ineficiência noturna do meu computator, que é "popular", assim como minha televisão, que nesse momento distrai minha mãe com porcarias aqui ao lado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário